30 milhões de brasileiros vivem sem saneamento básico, aponta estudo
- Samantha Lêdo
- 20 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
Estudo do Instituto Trata Brasil analisa o setor dois anos após a aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento. Mais de 70% das pessoas que moram nestas cidades não possuem coleta de esgoto.
Foto: Fábio Tito/g1
Quase 30 milhões de brasileiros vivem em cidades com contratos de saneamento básico considerados irregulares. É o que mostra um estudo do Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados divulgado nesta terça-feira (12).
O estudo avalia o setor dois anos após a aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento Básico, em 15 de julho de 2020. Entre os objetivos do novo marco está a universalização dos serviços até o ano de 2033, garantindo que 99% da população do país tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e à coleta de esgoto.
A realidade do país, porém, ainda está longe disso. Segundo os dados mais atualizados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), que são do ano de 2020, 84% dos brasileiros têm cobertura de água e apenas 55% estão ligados à rede de esgoto.
Na prática, isso significa que quase 35 milhões de pessoas vivem sem acesso à água tratada e 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto - o que causa centenas de hospitalizações por doenças, além de efeitos econômicos, educacionais e sociais.
A maioria das cidades em situação irregular está nos estados do Norte e do Nordeste. Mais de 60% das populações de estados como Maranhão, Pará e Piauí moram em cidades com contratos irregulares. Esse percentual chega a 100% nos casos do Acre e de Roraima -- ou seja, todas as cidades destes estados estão irregulares.
Veja abaixo o percentual das pessoas que moram em cidades irregulares por estado e por ordem decrescente:
Acre: 100% da população em cidades irregulares
Roraima: 100% da população em cidades irregulares
Maranhão: 75,1% da população em cidades irregulares
Pará: 65,5% da população em cidades irregulares
Paraíba: 65,3% da população em cidades irregulares
Piauí: 63,7% da população em cidades irregulares
Rio Grande do Norte: 37,8% da população em cidades irregulares
Bahia: 32,6% da população em cidades irregulares
Rondônia: 19% da população em cidades irregulares
Goiás: 18,2% da população em cidades irregulares
Amazonas: 11,8% da população em cidades irregulares
Tocantins: 10,9% da população em cidades irregulares
Sergipe: 9,2% da população em cidades irregulares
Rio de Janeiro: 9,1% da população em cidades irregulares
Pernambuco: 6,6% da população em cidades irregulares
Paraná: 4,6% da população em cidades irregulares
Alagoas: 3,5% da população em cidades irregulares
Santa Catarina: 3,5% da população em cidades irregulares
Minas Gerais: 2,7% da população em cidades irregulares
Espírito Santo: 2,6% da população em cidades irregulares
Mato Grosso do Sul: 2,1% da população em cidades irregulares
Rio Grande do Sul: 1,9% da população em cidades irregulares
Ceará: 0,3% da população em cidades irregulares
São Paulo: 0,2% da população em cidades irregulares
Amapá: 0% da população em cidades irregulares
Distrito Federal: 0% da população em cidades irregulares
Mato Grosso: 0% da população em cidades irregulares
g1
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