Advogado de defesa de Júlio Lancellotti é um dos fundadores do PT
- Samantha Lêdo
- 9 de jan. de 2024
- 2 min de leitura
O ex-deputado federal e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Eduardo Greenhalgh, foi escolhido como advogado de defesa do padre Júlio Lancellotti.

Através de uma nota divulgada à imprensa, o padre alega que não faz parte de "nenhuma organização da sociedade civil ou organização não governamental que utilize convênio com o Poder Público Municipal”
O ex-deputado federal e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Eduardo Greenhalgh, foi escolhido como advogado de defesa do padre Júlio Lancellotti. O sacerdote é um dos principais alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar as atividades das organizações não governamentais (ONGs) em operação na Cracolândia, que poderá ser instaurada pela Câmara Municipal de São Paulo. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Greenhalgh afirmou que ele e Lancellotti seguem tranquilos diante das acusações.
"É um vereador que ninguém sabe quais projetos fizeram. É ano eleitoral, as nulidades precisam subir nas costas de pessoas reconhecidas, criar casos, estabelecer fatos políticos para ver se saírem do anonimato", disse.
As assinaturas necessárias foram coletadas, e o idealizador da iniciativa, o vereador Rubinho Nunes (União), prevê o início dos trabalhos da comissão em fevereiro, após o período de recesso parlamentar. De acordo com Nunes, o padre Júlio Lancellotti será um dos principais focos da CPI das ONGs.
O pedido para a abertura da CPI foi protocolado no final de 2023 com 25 assinaturas, e agora, conta com o apoio de 30 vereadores.
Rubinho Nunes acusa essas organizações de estarem envolvidas em uma suposta "máfia da miséria" que explora os dependentes químicos no centro da capital. Segundo o vereador, essas entidades recebem financiamento público para fornecer alimentos, kits de higiene e itens para uso de drogas, seguindo a prática conhecida como política de redução de danos, direcionada à população em situação de rua. Nunes argumenta ainda que isso cria um "ciclo vicioso" no qual os usuários de crack têm dificuldade em abandonar o vício.
Através de uma nota divulgada à imprensa, o padre alega que não faz parte de "nenhuma organização da sociedade civil ou organização não governamental que utilize convênio com o Poder Público Municipal”. “A atividade da Pastoral de Rua é uma ação pastoral da Arquidiocese de São Paulo que, por sua vez, não se encontra vinculada, de nenhuma forma, às atividades que constituem o requerimento aprovado para criação da CPI em questão.”
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