Chefe de gangue ameaça guerra civil e genocídio no Haiti
- Samantha Lêdo
- 21 de mar. de 2024
- 1 min de leitura
"Se Ariel Henry não renunciar, se a comunidade internacional continuar a apoiá-lo, caminharemos para uma guerra civil que levará ao genocídio”, disse Barbecue
Foto Reprodução O Antagonista
Barbecue, um poderoso líder de uma das gangues que assolam o Haiti ameaçou terça-feira, 5 de março, com uma “guerra civil” se o primeiro-ministro, Ariel Henry, permanecer no poder.
No domingo passado, o governo haitiano decretou estado de emergência e toque de recolher após uma onda de violência em meio à fuga em massa de criminosos de uma prisão.
“Se Ariel Henry não renunciar, se a comunidade internacional continuar a apoiá-lo, caminharemos para uma guerra civil que levará ao genocídio”, disse num comunicado Jimmy Cherizier, apelidado de Barbecue.Desde a semana passada, gangues armadas que controlam grandes áreas do Haiti, incluindo a capital, Porto Príncipe, lançaram ataques em vários locais estratégicos para, dizem, derrubar o primeiro-ministro.
“Devemos nos unir. Ou o Haiti se torna um paraíso para todos ou um inferno para todos”, acrescentou o ex-policial de 46 anos, que se tornou líder de uma coalizão de gangues conhecida como G9 e sujeita a sanções da ONU.
Porto Príncipe retomou algumas atividades diárias, como transporte e comércio, na terça-feira, 5 de março, um dia depois de as gangues libertarem milhares de prisioneiros de duas prisões, deixando uma dezena de mortos e tentarem tomar o aeroporto internacional.
O Antagonista
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