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Foto do escritorSamantha Lêdo

Defesa Civil diz que Alagoas terá seca severa já a partir deste mês

Situação de emergência foi renovada e distribui 1 milhão de litros de  água por dia

Com o objetivo de minimizar os efeitos da longa estiagem, a Defesa Civil deverá se reunir com os municípios, cujo decreto de emergência estão perto de vencer para que façam o pedido de renovação. Os decretos de emergência duram um semestre. Atualmente, um milhão de litros de água são distribuídos por dia aos alagoanos que vivem sob a seca e a estiagem.

Os municípios de Belo Monte, Delmiro Gouveia, Estrela de Alagoas, Major Isidoro e Maravilha, por exemplo, o decreto de emergência tem vigência até o mês de outubro, com datas variando entre os dias 13 e 14. “A renovação do decreto de emergência é necessária para que os carros-pipas continuem a distribuição de água potável. A diminuição hídrica deverá provocar ainda mais falta de água no sertão. E muitos munícipios estão com os respetivos decretos perto de vencer, uma vez que foram baseados nos dados do monitor da seca emitido em junho, julho, quando ainda não havia esse alerta de estiagem”, explicou o capitão Douglas Gomes.

O mapa do monitor da seca é entregue à Defesa Civil Estadual, mensalmente, pela Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh).

O superintendente da Prevenção em Desastres Naturais e também meteorologista da Semarh, Vinicius Pinho, explicou que a chegada das ondas de calor deve ser vista sob dois aspectos.

“O período chuvoso já terminou e a tendência natural é a elevação gradual das temperaturas em todo estado. Muito tem se falado de ondas de calor que estão atingindo o Brasil nas últimas semanas, porém, esse tipo de onda de calor que forma mais ao sul do continente e está associada a baixa umidade e também provoca focos de queimada não costuma atingir a região Nordeste que sofre uma grande influência do Oceano Atlântico”. Segundo Vinícius Pinho, no mais recente mapa do monitor de secas já se observa o início de uma seca em todo oeste de Alagoas, justamente pelos baixos volumes pluviométricos de julho e agosto Situação de Emergência – Os municípios que têm a situação de emergência reconhecida pela Defesa Civil Nacional podem solicitar recursos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para atender a população afetada no restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de equipamentos de infraestrutura danificados.

O reconhecimento da situação de emergência deve ser solicitado pelo governador ou prefeito. O pedido é feito no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres. Após análise das informações, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no Diário Oficial da União. Em caso de necessidade, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil poderá reconhecer sumariamente a situação.

Estado começa a enfrentar grande onda de calor

A partir deste mês até o mês de abril de 2025, os alagoanos poderão sentir um amento na temperatura de mais 5°C em relação à maior variação de calor já registrada na série histórica do estado que gira em torno de 24 a 28°C. A partir da primavera, que se inicia no próximo dia 22, não será surpresa se os termômetros alagoanos registraram temperaturas entre 29 e 33°C.

O alerta foi dado pela Defesa Civil Estadual. Conforme as explicações do chefe do setor de desastres naturais do órgão, capitão Douglas Gomes, apesar de ser ainda inverno, o período chuvoso já terminou.

“Estamos entrando no final da El Niña e nos aproximando do período do El Niño. Enquanto em 2022 e 2023, sofremos com as enchentes, os próximos meses serão de estiagem e secas prolongadas para todo o estado, especialmente, para os 38 municípios do sertão alagoano, além da região do agreste”, detalhou o capitão.

Enquanto o El Niña corresponde ao resfriamento anormal das  águas do Pacífico, provocada por ventos alísios de maior intensidade, o El Niño é um fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial.O fenômeno ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos e tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio, com início nos últimos meses do ano. No Brasil, ele ocasiona secas prolongas as regiões Norte e Nordeste e chuvas intensas e volumosas no Sul.

Conforme as explicações do chefe do setor de desastres naturais da Defesa Civil Estadual, ao ocorrer, de forma concomitante, a previsão de pouca chuva e o aumento da temperatura ocasionam a elevação gradual da temperatura e, consequentemente, à evaporação que culmina com a seca, principalmente, no oeste alagoano. Devido à estiagem, o programa de distribuição de  água pelos carros-pipa continua com a gerência do Exército Brasileiro, com o apoio da Defesa Civil Estadual aos municípios na decretação de emergência.


Tribuna Hoje

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