Aumento de preços dos alimentos, contas em geral e combustíveis, além de falas polêmicas, refletiu na avaliação de Lula após um ano.
| Foto: Ricardo Stuckert/Secom
A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu no país de acordo com a pesquisa Quaest divulgada na manhã desta quarta (6), principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país. Os números desta nova rodada apontam uma disparada na rejeição ao petista principalmente entre os evangélicos, pelo aumento de preços de combustíveis, contas e alimentos, e após a polêmica fala em que comparou a reação de Israel contra o Hamas ao Holocausto nazista.
Segundo a Quaest, a desaprovação a Lula cresceu 5 pontos percentuais desde a última pesquisa de dezembro de 2023, passando de 29% para 34% no levantamento geral. A aprovação caiu de 36% para 35%.
A Quaest ouviu presencialmente duas mil pessoas entre os dias 25 e 27 de fevereiro, e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
As regiões Sul e Sudeste são as que mais passaram a desaprovar a gestão do petista, com 51% e 52% respectivamente. No Centro-oeste e Norte, a aprovação diminuiu de 51% para 50%, enquanto que a desaprovação se mantém em 47% desde dezembro.
Já no Nordeste, reduto eleitoral de Lula, a aprovação do governo petista também vem caindo, de 70% para 68% na comparação com dezembro, enquanto que a desaprovação subiu de 28% para 31%.
A desaprovação especificamente ao trabalho de Lula também cresceu no país segundo a pesquisa, passando de 43% em dezembro para 46%. As regiões Sul e Sudeste têm as piores avaliações, com 51% e 52% de desaprovação.
A aprovação caiu de 54% para 51%, com uma redução no Nordeste (70% para 68%) e no Centro-oeste e Norte (51% para 50%).
Em um cenário mais amplo considerando todo o período do terceiro governo de Lula, a avaliação negativa alcançou o maior nível. Na primeira rodada, em fevereiro de 2023, 20% dos entrevistados desaprovavam o petista.
De lá para cá, a avaliação negativa vinha oscilando e alcançava 29% em dezembro de 2023, chegando a 34% em fevereiro de 2024. A aprovação está em 35%, portanto, dentro da margem de erro.
Gazeta do Povo.
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