O Google anunciou que vetará o impulsionamento de conteúdo político durante as eleições municipais de 2024.
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A decisão, que entra em vigor em 1º de maio, abrange anúncios políticos no Google Ads, plataforma que permite publicidade no buscador e no YouTube, entre outros serviços do grupo. O motivo principal para essa medida está relacionado à incapacidade técnica de se adaptar às novas regras estabelecidas pela resolução 23.732 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que demandaria a criação de um painel específico para monitoramento em tempo real dos anúncios, conforme determinado pelo artigo 27-A da resolução.
A decisão, que entra em vigor em 1º de maio, abrange anúncios políticos no Google Ads, plataforma que permite publicidade no buscador e no YouTube, entre outros serviços do grupo. O motivo principal para essa medida está relacionado à incapacidade técnica de se adaptar às novas regras estabelecidas pela resolução 23.732 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que demandaria a criação de um painel específico para monitoramento em tempo real dos anúncios, conforme determinado pelo artigo 27-A da resolução.
A mudança deve causar impacto principalmente para candidatos menos conhecidos, que buscavam na internet uma forma de alcançar o eleitorado. A decisão do Google representa a dificuldade das grandes empresas de lidar com as exigências cada vez mais rigorosas das autoridades eleitorais, especialmente em relação à transparência e ao controle sobre a publicidade política. Enquanto isso, a classe política enfrenta um novo cenário, onde a busca por votos online se tornando mais limitada, afetando especialmente os candidatos com menor visibilidade midiática.
A exigência é a seguinte em caso de conteúdos impulsionados:
I – manter repositório desses anúncios para acompanhamento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência (perfilamento) da publicidade contratada;
II – disponibilizar ferramenta de consulta, acessível e de fácil manejo, que permita realizar busca avançada nos dados do repositório.
A medida também levanta questões sobre o papel das big techs na esfera política e o equilíbrio entre a liberdade de expressão e o combate à desinformação. Enquanto o Google reforça seu compromisso com a integridade das eleições, sua decisão sinaliza para um possível movimento de outras empresas do setor, o que poderia ampliar ainda mais o impacto dessa restrição na arena política.
“As eleições são importantes para o Google e, ao longo dos últimos anos, temos trabalhado incansavelmente para lançar novos produtos e serviços para apoiar candidatos e eleitores. Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto”, anunciou o Google.
Portal O Informante
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