As propostas, ainda em discussão, geram debates e preocupações entre trabalhadores e especialistas.
O governo justifica as propostas com o argumento de que as despesas com o seguro-desemprego vêm crescendo significativamente, mesmo em um período de aquecimento do mercado de trabalho. A ideia é reduzir esses gastos e ao mesmo tempo desestimular a rotatividade de mão de obra.
A especialista Laura Alvarenga, colaboradora do FDR, comenta mais sobre o FGTS, confira.
Quais as mudanças propostas?
Vinculação entre multa do FGTS e seguro-desemprego: a principal proposta é utilizar parte da multa de 40% do FGTS, paga pela empresa em caso de demissão sem justa causa, para financiar o seguro-desemprego. Dessa forma, quanto maior a multa, menor seria o valor e a duração do seguro;
Limitação do reajuste do salário mínimo: o governo estuda desvincular o reajuste do salário mínimo do seguro-desemprego, agrupando apenas à inflação. Isso significaria um menor aumento real do benefício;
Imposto para empresas com alta rotatividade: outra possibilidade é a criação de um imposto progressivo para empresas com alta rotatividade de funcionários, incentivando a estabilidade no emprego.
Quais os impactos dessas mudanças?
As propostas geram diversas preocupações:
A vinculação da multa do FGTS ao seguro-desemprego pode prejudicar trabalhadores que são demitidos sem justa causa, reduzindo o valor do benefício e deixando-os em uma situação financeira mais vulnerável;
A limitação do reajuste do salário mínimo e a criação de um imposto para empresas com alta rotatividade podem desestimular os trabalhadores a buscarem por melhores condições de trabalho e salários mais altos;
As mudanças podem gerar insegurança no mercado de trabalho, levando as empresas a demitirem mais facilmente e os trabalhadores a terem mais dificuldade em encontrar um novo emprego.
Fonte FDR
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