Lista de 187 nomes inclui empresários, acadêmicos, políticos e celebridades. Citação não implica em acusação
Os primeiros nomes da ‘Lista de Epstein’ foram revelados nessa quarta-feira (3/1). Os nomes de 187 pessoas teriam alguma relação com a rede de tráfico sexual de Jeffrey Epstein (1953-2019), bilionário americano que comandou esquema de exploração sexual de menores. A lista inclui celebridades, políticos, empresários e outros grandes nomes dos Estados Unidos. Mas ser citado na lista não significa uma acusação automática.
O nome da apresentadora de TV Oprah Winfrey chama atenção na lista, já que era presença constante nas festas na ilha privada de Epstein. Ela financiou o documentário "Leaving Neverland", que abordava as acusações de abuso sexual contra Michael Jackson. O Rei do Pop aparece junto com a apresentadora na chamada “elite pedófila”.
Os ex-presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump e Bill Clinton também são citados, juntamente com além do Príncipe Andrew, membro da família real britânica.
Outro nome é o do cientista Stephen Hawking. De acordo com os documentos judiciais, Epstein disse à sua cúmplice Ghislaine Maxwell que oferecia uma recompensa aos amigos de sua acusadora, Virginia Giuffre, para que provassem que a alegação de que Stephen Hawking havia se envolvido em uma orgia de menores era falsa.
“Você pode conceder uma recompensa a qualquer amigo, conhecido ou família de Virginia que se apresente e ajude a provar que suas alegações são falsas. O mais forte é o jantar de Clinton e a nova versão nas Ilhas Virgens de que Stephen Hawking participou de uma orgia de menores”, disse Epstein em um e-mail.
O cientista visitou a ilha particular de Epstein no Caribe em 2006, como parte de uma conferência financiada pelo bilionário, com fotos que o mostravam em um churrasco. O evento aconteceu meses antes de o bilionário ser acusado de crimes sexuais contra crianças, que incluíam a aquisição de uma menor para prostituição.
Epstein socializou com titãs de Wall Street, realeza e celebridades antes de se declarar culpado de solicitar prostituição a uma menor em 2008. Ele cometeu suicídio em 2019, aos 66 anos, enquanto estava preso aguardando julgamento por acusações de tráfico sexual.
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