A parceria entre Brasil e China tem se fortalecido ao longo dos anos, abrangendo diversas áreas como comércio, tecnologia, inovação e cooperação diplomática
O Brasil e a China assinaram 15 acordos que fomentam a cooperação entre os dois países em diversas áreas, como comércio e indústria, comunicação, inovação, pesquisa e tecnologia. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil e a China assinaram diversos acordos, especialmente em 2023. Aqui estão alguns dos principais acordos firmados:
Facilitação de Comércio: Memorando de entendimento para facilitar o comércio entre os dois países1.
Satélite CBERS-6: Protocolo complementar para o desenvolvimento conjunto do satélite CBERS-6.
Investimentos Industriais: Acordo para promoção de investimentos e cooperação industrial2.
Infraestrutura e PPPs: Acordo para promoção de parcerias público-privadas e infraestrutura.
Exportação de Carne: Protocolo para exportação de carne brasileira para a China.
Esses acordos abrangem diversas áreas, incluindo comércio, tecnologia, inovação, infraestrutura e cooperação espacial, refletindo a importância da parceria estratégica entre Brasil e China.
O acordo para aumentar a exportação de carne bovina brasileira para o mercado chinês foi anunciado em abril de 2023. Esse acordo faz parte de uma série de iniciativas para fortalecer as relações comerciais entre Brasil e China, e espera-se que ele impulsione significativamente a economia brasileira, especialmente o setor agropecuário.
O acordo para realizar transações comerciais utilizando as moedas locais, o real e o yuan, em vez do dólar, foi anunciado em 29 de março de 20231. Esse acordo permite que Brasil e China realizem suas transações comerciais diretamente em suas moedas, sem a necessidade de passar pelo dólar, o que pode reduzir custos e facilitar os investimentos bilaterais
. Aqui estão alguns pontos importantes sobre essa relação:
Parceria Brasil-China
Comércio e Indústria: A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2020, a participação chinesa nas exportações brasileiras atingiu 32,3%, um aumento significativo impulsionado pela demanda por commodities como soja e minério de ferro.
Transações Comerciais: Recentemente, Brasil e China firmaram um acordo para realizar transações comerciais utilizando suas moedas locais, o real e o yuan, em vez do dólar. Essa iniciativa visa diminuir a dependência do dólar e fortalecer as relações econômicas entre os dois países.
Dependência do Mercado Chinês
Dependência Comercial: A dependência do Brasil em relação ao mercado chinês tem crescido nos últimos anos. Em 2020, a China foi responsável por mais de um terço das exportações brasileiras. Essa dependência pode ser arriscada, pois mudanças nas políticas comerciais chinesas podem impactar significativamente a economia brasileira.
Riscos e Desafios: A concentração das exportações em um único mercado pode tornar o Brasil vulnerável a flutuações econômicas e políticas na China. Além disso, a dependência de commodities pode limitar o desenvolvimento de outros setores da economia brasileira.
Diversificação: Para mitigar esses riscos, é importante que o Brasil diversifique seus mercados de exportação e invista em setores de alto valor agregado. A cooperação com outros países e blocos econômicos, como a União Europeia, pode ajudar a reduzir essa dependência.
A dependência do Brasil em relação ao mercado chinês pode ser entendida de várias maneiras, especialmente no contexto econômico e comercial. Aqui estão alguns aspectos importantes:
Aspectos da Dependência
Exportações Concentradas:
Commodities: Grande parte das exportações brasileiras para a China é composta por commodities, como soja, minério de ferro e petróleo. Em 2020, a China foi responsável por mais de um terço das exportações brasileiras.
Risco de Preços: A dependência de commodities significa que o Brasil está sujeito às flutuações dos preços internacionais dessas mercadorias, que podem ser influenciados por fatores externos, como a demanda chinesa.
Impacto Econômico:
Crescimento Econômico: A demanda chinesa por commodities tem sido um motor importante para o crescimento econômico do Brasil. No entanto, uma desaceleração na economia chinesa pode ter um impacto negativo significativo no Brasil.
Investimentos: A China também é uma fonte importante de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, especialmente em setores como infraestrutura e energia.
Política Comercial:
Acordos Bilaterais: A relação comercial entre Brasil e China é fortalecida por vários acordos bilaterais que facilitam o comércio e os investimentos. No entanto, mudanças nas políticas comerciais chinesas podem afetar essa dinâmica.
Diversificação: Para reduzir a dependência, o Brasil tem buscado diversificar seus parceiros comerciais e aumentar o valor agregado de suas exportações.
Exemplos de Dependência
Soja: A China é o maior importador de soja brasileira, representando uma parte significativa das exportações totais de soja do Brasil. Qualquer mudança na demanda chinesa pode impactar diretamente os produtores brasileiros.
Minério de Ferro: A China é um dos maiores consumidores de minério de ferro do mundo, e o Brasil é um dos principais fornecedores. A dependência desse mercado significa que qualquer desaceleração na construção e na indústria chinesa pode afetar as exportações brasileiras.
Petróleo: A China também é um grande importador de petróleo brasileiro. Flutuações na demanda chinesa por petróleo podem impactar a balança comercial do Brasil.
Política Externa
Alinhamento Diplomático:
Cooperação: A necessidade de manter boas relações com a China pode levar o Brasil a adotar uma postura mais cooperativa em fóruns internacionais, como a ONU e o BRICS.
Negociações Comerciais:
Acordos Bilaterais: A dependência comercial pode influenciar as negociações de acordos bilaterais, com o Brasil buscando garantir acesso contínuo ao mercado chinês.
Política Interna
Política Econômica:
Setores Estratégicos: A dependência de exportações para a China pode levar o governo a priorizar setores estratégicos como agronegócio e mineração, que são os principais beneficiários dessa relação.
Investimentos: A atração de investimentos chineses em infraestrutura e energia pode ser uma prioridade, influenciando políticas de desenvolvimento e regulamentação3.
Impacto Social e Ambiental:
Trabalho e Comunidades Locais: A dependência de exportações pode afetar comunidades locais e trabalhadores, especialmente em áreas rurais, onde a produção de commodities é mais intensa.
Desafios e Oportunidades
Vulnerabilidade Econômica:
Soberania Nacional:
Autonomia: Para preservar sua autonomia, o Brasil pode precisar equilibrar suas relações comerciais com a China com parcerias estratégicas com outros países e blocos econômicos.
Esses fatores mostram como a dependência do mercado chinês pode influenciar diversas áreas da política brasileira, exigindo uma abordagem equilibrada e estratégica para maximizar os benefícios e minimizar os riscos.
Samantha Lêdo
Fontes: CNN - EXAME - IA
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