Trio é procurado pelas autoridades do Amapá e do Pará, que atuam conjuntamente no caso
Assaltantes sequestraram, nesta segunda-feira, uma lancha com 23 pessoas a bordo, que fazia uma viagem pelo Rio Amazonas entre Gurupá e o Porto de Moz, municípios localizados no estado do Pará. Os passageiros foram encontrados apenas no final da manhã de terça-feira, na beira do rio Moju, segundo disse a Polícia Federal. Os passageiros foram resgatados pela Polícia Civil do Pará. Já a lancha "Expresso Fonseca" foi localizada na entrada do Rio Vila Nova, próximo à comunidade do Anauerapucu, no município de Santana, no Amapá. As autoridades dos dois estados atuam juntas no caso. O prefeito de Porto de Moz, Berg Campos, foi quem comunicou nas redes sociais que os passageiros haviam sido localizados. Segundo ele, um barco foi enviado para resgatar o grupo abandonado na beira do rio. O crime teria sido cometido por três suspeitos, que entraram na lancha como passageiros antes de anunciarem o sequestro. De acordo com o jornal Diário do Amapá, após ser capturada, a poucos minutos de Porto de Moz, a lancha teria sido desviada em direção a cidade de Santana.
À rádio Açaí FM, Edilaine Lobato, uma das vítimas a bordo disse que ficou assustada quando os criminosos anunciaram que era um assalto. Segundo ela, um dos envolvidos ameaçou esfaquear um dos homens que estava na lancha e havia suspeitado da má intenção do trio. Os suspeitos também chegaram a dar uma coronhada no cobrador.
— Ficamos desesperadas. A gente não estava conseguindo acreditar que era um assalto. Só vimos mesmo porque começaram a falar "deita no chão", começaram a pedir dinheiro, celular. Eu e uma amiga escondemos os nossos dentro da bolsa. Achamos que era outro barco encostando até as pessoas começarem a se desesperar — relatou Edilaine. — Eles ficaram muito de marcação com um homem que estava lá porque o homem reconheceu que tinham três suspeitos diferentes olhando e eles (criminosos) disseram que se ele reagisse poderia esfaquear. Deram uma coronhada no cobrador, puxaram o dinheiro do motorista, e disseram que quem não deitasse no chão eles iam meter bala — completou a vítima.
O Globo
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