No total, dez pessoas foram presas em operação do Gaeco. Ações acontecem em Jaraguá do Sul, no Norte, São José, na Grande Florianópolis, e em Florianópolis.
Dez pessoas foram presas preventivamente nesta terça-feira (3) em uma operação que apura crimes envolvendo a concessão de serviço funerário de Criciúma, no Sul de Santa Catarina. O prefeito da cidade, Clésio Salvaro (PSD), também foi detido.
Procurada, a administração municipal afirmou que não foi comunicada oficialmente dos fatos. Já a equipe de Salvaro divulgou um vídeo em que o político nega envolvimento em crimes e cita questões políticas. Ele está no segundo mandato e não pode concorrer à reeleição (leia mais abaixo).
Nesta manhã, outros investigados foram detidos em Jaraguá do Sul, no Norte, São José, na Grande Florianópolis, e em Florianópolis. As investigações estão sob sigilo e não há informação sobre quais crimes foram cometidos pelos alvos dos mandados cumpridos nesta manhã.
A ação desta manhã é uma segunda fase da Operação Caronte, deflagrada em 5 de agosto deste ano, onde buscas foram feitas na sede da prefeitura de Criciúma e na casa do prefeito. Sete mandados de prisão preventiva também foram cumpridos à época.
Comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), ligados ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a operação também teve apoio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos.
"Com o cumprimento das prisões no dia de hoje, agora todos os 17 integrantes da organização criminosa encontram-se presos preventivamente", informou o MPSC.
Os detidos desta manhã foram submetidos a exame de corpo de delito e levados para o sistema prisional, onde aguardam audiência de custódia.
Primeira fase
Deflagrada em 5 de agosto, a primeira fase da Operação Caronte cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 38 mandados de busca e apreensão. As autoridades buscavam combater a atuação de possível organização criminosa envolvida na prestação de serviços funerários. Conforme as autoridades, as investigações começaram em 2022. Nesta manhã, durante a deflagração da segunda fase, o Gaeco informou que, com análise das provas e coleta de 38 depoimentos, os envolvidos na primeira etapa foram denunciados no dia 20 de agosto pelos crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular envolvendo a concessão de serviço funerário de Criciúma.
Entre os suspeitos na primeira fase há empresários e agentes públicos. Os nomes dos outros envolvidos não foram divulgados e, por isso, o g1 não teve acesso às defesas.
g1
Comments