Divulgação do relatório macro de julho da XT Expert com projeções de câmbio e inflação, publicado nesta quinta-feira, 04/07/2024
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na quarta-feira, o Ibovespa fechou em leve alta de 0,7%, aos 125.662 pontos. O índice foi impulsionado pelo recuo de 2,2% do dólar, cotado a R$ 5,55, após atingir a máxima dos últimos 2 anos de R$ 5,68 no pregão de ontem, e pelo recuo da curva de juros.
Os principais destaques positivos foram papeis cíclicos como Yduqs (YDUQ3, +7,2%), Vamos (VAMO3, +7,0%), e Carrefour (CRFB3, +6,4%), que se beneficiaram do fechamento da curva dos juros futuros. Já os principais destaques negativos foram papeis do setor de frigoríficos como Marfrig (MRFG3, -6,5%), JBS (JBSS3, -4,9%), e BRF (BRFS3, -3,6%), pressionados pelo recuo do dólar, e um movimento técnico de realização de lucros.
Para o pregão de quinta-feira, a bolsa de valores americana está fechada devido ao feriado do dia da independência. O foco do mercado está na sexta-feira, com a divulgação nos EUA do relatório do payroll e a taxa de desemprego, ambos referentes ao mês de junho.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de quarta-feira (3) com fechamento por toda extensão da curva. Domesticamente, o pronunciamento favorável ao ajuste fiscal por parte de membros do governo, ajudou o movimento de retirada do prêmio de risco dos ativos locais. Já nos EUA, o destaque foi a divulgação de dados de pedidos de seguro-desemprego, que ao baterem as expectativas do mercado, reforçaram a percepção dos investidores de que a economia americana está desacelerando. Por lá, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam em 4,71% (-3,0bps) e as de 10 anos em 4,36% (-7,0bps). DI jan/25 fechou em 10,695% (queda de 9bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,515% (queda de 19bps); DI jan/27 em 11,83% (queda de 19bps); DI jan/29 em 12,19% (queda de 18,1bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os mercados permanecem fechados nos Estados Unidos devido ao feriado de 4 de julho. Amanhã, o mercado aguarda a divulgação de importantes dados de emprego.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,6%), com alta liderada pelos setores de bancos, mídia e seguros. Na China, as bolsas tiveram performances mistas (CSI 300: -0,5; HSI: 0,3%), com Hong Kong impulsionada por montadoras de veículos elétricos.
Economia
Diversos dados econômicos dos EUA foram divulgados ontem, com destaque ao PMI de Serviços ISM. O indicador recuou de 53,8 em maio para 48,8 em junho, o menor nível em quatro anos (a expectativa do mercado apontava para 53,0). Essa queda refletiu, principalmente, os menores patamares dos componentes de atividade empresarial, novas encomendas e emprego. Nosso cenário base considera que o Fed iniciará o ciclo de flexibilização monetária em dezembro, mas reconhecemos as chances crescentes de corte de juros a partir de setembro.
No Brasil, a produção industrial contraiu 0,9% em maio com relação a abril, resultado ligeiramente melhor do que as expectativas (XP: -1,3%; mercado: -1,4%). A queda foi fortemente influenciada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, cuja indústria de transformação é relevante a nível nacional (cerca de 8,5% do total). Segundo as nossas estimativas, a tragédia natural reduziu o crescimento interanual da indústria brasileira em 1,5 p.p. em maio. Apesar disso, o XP Tracker – estimativa de alta frequência – para o PIB do 2º trimestre indica alta de 0,6% em comparação ao 1º trimestre de 2024. Reforçamos nossa previsão de que o PIB crescerá 2,2% este ano.
A equipe econômica da XP publicou, nesta manhã, o relatório macro de julho (para acessar o material completo, clique aqui). Em meio à piora na percepção de risco sobre a condução da política econômica doméstica, a previsão de taxa de câmbio foi revisada para R$/US$ 5,40 no final de 2024 e 2025 (antes: R$/US$ 5,00 e R$/US$ 5,15, respectivamente). Com isso, a projeção de inflação (IPCA) subiu para 3,8% este ano e 4,3% ano que vem (antes: 3,7% e 4,0%). O cenário de taxa Selic estável – em 10,50% – até o final de 2025 não foi alterado, embora o relatório discuta os riscos de aperto monetário adicional.
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Economia
Sinais adicionais de desaceleração econômica nos EUA; XP publica novas projeções para taxa de câmbio e inflação no Brasil
Diversos indicadores econômicos dos EUA foram divulgados ontem. Em relação ao mercado de trabalho, o relatório ADP reportou a criação líquida de 150 mil empregos no setor privado em junho, após 157 mil em maio. A mediana das expectativas do mercado apontava para geração de 160 mil. Além disso, os pedidos iniciais de seguro-desemprego totalizaram 238 mil na semana passada (dados com ajuste sazonal), aumento de 4 mil em comparação à leitura precedente. O consenso de mercado previa 235 mil solicitações. A média móvel de quatro semanas atingiu 238,5 mil pedidos, o patamar mais elevado desde agosto de 2023. Enquanto isso, o PMI de Serviços ISM – indicador bastante acompanhado pelos analistas – recuou de 53,8 em maio para 48,8 em junho, o menor nível em quatro anos. Este resultado veio muito abaixo da mediana das previsões do mercado (53,0). A queda do índice geral refletiu, principalmente, os menores patamares dos componentes de “atividade empresarial/produção” (de 61,2 para 49,6), “novas encomendas” (de 54,1 para 47,3) e “emprego” (de 47,1 para 46,1). O último apresentou o sexto recuo no período entre dezembro de 2023 e junho de 2024. Em nossa opinião, esses dados econômicos aumentam a probabilidade de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) inicie o ciclo de corte de juros em setembro;
Em junho, o Fed manteve a taxa básica de juros no intervalo entre 5,25% e 5,50%. A ata da última reunião de política monetária, publicada ontem, não trouxe novidades relevantes. O documento reforçou que o Comitê observa avanço modesto no processo de desinflação e desaceleração da atividade econômica. Embora nenhum membro do colegiado tenha defendido a possibilidade de elevação de juros, a maioria concordou pela manutenção até surgirem novas evidências de convergência da inflação à meta de 2%. Entretanto, alguns membros consideram as taxas de juros de longo prazo mais elevadas do que o inicialmente projetado. A ata da reunião é consistente com a nossa visão de que o Fed adotará uma flexibilização monetária cautelosa e gradual. Prevemos o primeiro corte de juros em dezembro, embora reconheçamos as chances crescentes de início do ciclo em setembro;
No Brasil, a produção industrial contraiu 0,9% em maio com relação a abril, resultado ligeiramente melhor do que as expectativas (XP: -1,3%; mercado: -1,4%). A queda foi fortemente influenciada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, cuja indústria de transformação é relevante a nível nacional (cerca de 8,5% do total). Segundo as nossas estimativas, a tragédia natural reduziu o crescimento interanual da indústria brasileira em 1,5 p.p. em maio. Ou seja, haveria avanço de 0,5% em comparação ao mesmo mês de 2023 ao invés da queda reportada de 1,0%, o que corresponde a uma virtual estabilidade ao invés do declínio de 0,9% na margem. Com relação aos dados desagregados, todas as categorias econômicas recuaram no mês, com destaque para os bens de consumo duráveis – a produção de veículos é significativa no Rio Grande do Sul. Por outro lado, houve recuperação nas indústrias extrativas em maio, explicando grande parte da diferença entre a nossa projeção e o resultado observado no índice geral. O XP Tracker – estimativa de alta frequência – para o PIB do 2º trimestre indica alta de 0,6% em comparação ao 1º trimestre de 2024 (elevação de 1,5% ante o 2º trimestre de 2023). Reforçamos nossa previsão de que o PIB crescerá 2,2% este ano;
Os dados preliminares das despesas públicas de junho – disponibilizadas ontem no Siga Brasil, o Portal do Orçamento – mostraram menor crescimento dos benefícios previdenciários e assistenciais. Por exemplo, os benefícios previdenciários (excluindo bônus e precatórios) subiram apenas 0,9% em comparação ao mesmo mês de 2023, em termos reais, uma desaceleração acentuada ante o aumento de 8,8% registrado em maio. Esses números representam uma boa notícia, tendo em vista os riscos – intensificados recentemente – de maior pressão sobre as despesas discricionárias e ruptura do arcabouço fiscal. Em nossa avaliação, a desaceleração em junho não parece decorrer de esforços de revisão dos gastos, mas sim de uma redução intencional na concessão de novos benefícios. Desta forma, os últimos resultados não significam necessariamente uma nova tendência das despesas previdenciárias. Os dados preliminares dos gastos de junho parecem ter contribuído para a apreciação da taxa de câmbio vista ontem (de R$/US$ 5,65 para R$/US$ 5,55, aproximadamente);
A equipe econômica da XP publicou, nesta manhã, o relatório macro de julho (para acessar o material completo, clique aqui). Em meio à piora na percepção de risco sobre a condução da política econômica doméstica, a previsão de taxa de câmbio foi revisada para R$/US$ 5,40 no final de 2024 e 2025 (antes: R$/US$ 5,00 e R$/US$ 5,15, respectivamente). Com isso, a projeção de inflação (IPCA) subiu para 3,8% este ano e 4,3% ano que vem (antes: 3,7% e 4,0%). O cenário de taxa Selic estável – em 10,50% – até o final de 2025 não foi alterado, embora o relatório discuta os riscos de aperto monetário adicional.
Empresas
SLC (SLCE3) | O posicionamento de benchmark é inquestionável, mas o momento de comprar ainda não chegou
A SLC realizou hoje seu Investor’s Day anual na primeira fazenda da empresa, a famosa Fazenda Pamplona, em Cristalina/GO.
Com a colheita do algodão em andamento, aproveitamos a oportunidade para conferir os últimos investimentos em agricultura de precisão, alguns por meio de sua empresa de Venture Capital (SLC Ventures), em uma nova fase que eles estão chamando de “Agricultura de Fórmula 1”.
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Vivara (VIVA3): Brilhando menos, mas ainda um diamante
Nós estamos atualizando as nossas estimativas para a Vivara, incorporando os últimos resultados, a nova perspectiva macro e uma percepção de risco revisada em relação a companhia, trazendo também a nossa visão para os resultados do 2º trimestre;
Em nossa opinião, a VIVA continua sendo um negócio resiliente e rentável, com forte posicionamento de marca, embora as recentes mudanças de gestão tenham aumentado nossa percepção de risco em relação a tese, adicionando preocupações ao desempenho de médio prazo, com potenciais mudanças estratégicas, expansão internacional e alta rotatividade de talentos internos como riscos a serem monitorados;
Como resultado, agora incorporamos um desconto de governança de 20%, com nosso preço alvo de R$ 27,0/ação para o final de 2025;
No entanto, mantemos nossa recomendação de Compra devido ao valuation atrativo (9x P/L 2025) e fundamentos sólidos.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
Notícias Diárias do Setor Financeiro
BIS: Comitê da Basileia aprova normas para divulgação de exposição de bancos a criptoativos (Broadcast);
Santander Brasil formaliza joint venture com Grupo Pluxee, antigo Sodexo (InfoMoney);
Fenabrave vê crédito em alta mesmo com Selic estacionada em 10,5% (Broadcast).
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Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
TCU aprova acordo bilionário entre Oi e Anatel que reduz valores a serem investidos pela empresa (Estadão);
Justiça estende prazo para apresentação de propostas pela carteira de clientes de fibra da Oi; Tanure faz oferta (Valor);
Desktop anuncia R$ 300 milhões em debêntures para construção de redes (Telesíntese);
Ligga é habilitada no processo competitivo pelos clientes da Oi (Telesíntese);
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Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
Mercado Pago aumenta investimento de marketing em mais de 40% no Brasil (Valor Econômico);
Deputados fecham 1ª regulamentação da tributária sem decidir sobre cesta básica e imposto do pecado (Estadão);
Mudanças climáticas já aumentam preços de alimentos e preocupam bancos centrais (Folha de São Paulo);
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Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
Bebidas
Constellation Brands beats quarterly profit estimates on strong beer business (Reuters)
Artigo: A reforma tributária – urgente e justa (Guia da Cerveja)
Alimentos
Colorado Dairy Worker Tests Positive for Bird Flu, CDC Says (Bloomberg)
FÁVARO: SE PREÇOS DO ARROZ VOLTAREM A SUBIR, MEDIDAS, INCLUSIVE LEILÃO, PODEM SER TOMADAS (BrodcastAgro)
Agro
Está sobrando soja e milho. Qual o piso do preço dos grãos? (TheAgriBiz)
Soja: Consultoria estima leve redução da área plantada na safra 2024/25, pela 1ª vez desde 2006 (Pecsite)
Biocombustíveis
Cofco inicia venda de energia renovável para varejo do mercado livre brasileiro (Novacana)
Jalles Machado prevê aumento de 49,6% na produção de açúcar da empresa (GloboRural)
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Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
Kora: controlador propõe OPA a R$ 0,70 se empresa sair do Novo Mercado (Valor Econômico);
Moody’s Local corta nota de crédito nacional da Kora Saúde de ‘A.br’ para ‘A-.br’ (Valor Econômico);
Viveo (VVEO3): Aquisição de Participação Relevante (RI da Companhia);
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XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
MRV anuncia Nicola Calicchio como vice chairman (Brazil Journal);
Tarcísio anuncia investimentos em programa de moradia (Folha de SP);
Construção civil deve ampliar isenção para até 50% na reforma tributária após reclamações (Folha de SP);
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Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
Acerto sobre direitos da União na Eletrobras é adiado (Valor Econômico);
A duas semanas da privatização, demanda por ações da Sabesp supera os R$ 40 bilhões (Estadão);
Aneel derruba liminar que obrigava compensação por curtailment (MegaWhat);
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
Em breve.
Alocação & Fundos
Principais notícias
Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
FII fecha acordo para vender parte de imóvel logístico em Goiás; veja detalhes (FIIs);
Mais um fundo imobiliário divulga “calote” da WeWork; veja qual (FIIs);
ALZR11 conclui compra de lojas do Oba; veja impacto nos dividendos (FIIs);
Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Orizon (ORVR3) emite ‘green bond’ de R$ 395 mi | Café com ESG, 04/07
O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 0,70% e 1,30%, respectivamente.
No Brasil, (i) a Orizon deu início a um roadshow para uma emissão de R$ 395 milhões em debêntures verdes que vão custear a primeira usina termelétrica da América Latina a gerar eletricidade a partir de resíduos urbanos – a operação marca a entrada da empresa na frente de geração conhecida como waste-to-energy; e (ii) segundo o Plano Safra 24/25, médios e grandes produtores que tiverem certificação válida e ativa de suas atividades produtivas sustentáveis terão desconto de 0,5 ponto percentual nos juros em operações de custeio – o desconto só será aplicado a partir de 2 de janeiro de 2025 e vai ser destinado a produtores integrantes de programas certificados pelo Ministério da Agricultura.
No internacional, o governo alemão lançou ontem um projeto para construir uma rede nacional de recarga rápida para veículos pesados, cobrindo cerca de 95% das rodovias federais do país – a Alemanha tem como meta que cerca de um terço de seu transporte rodoviário pesado seja movido a eletricidade ou a combustíveis ‘verdes’, como metano sintético ou hidrogênio, até 2030.
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