Iniciativa pioneira na cidade visa o descarte sustentável de resíduos de saneamento, transformando lodo em matéria-prima para tijolos e telhas
Um novo projeto em Rio das Ostras está mudando a forma de destinação do lodo gerado no processo de tratamento de água. A concessionária responsável pelos serviços de saneamento na cidade implantou uma iniciativa que reutiliza esse material, antes destinado a aterros sanitários, na produção de cerâmicas, como tijolos e telhas. A medida visa otimizar o descarte de resíduos e promover um ciclo sustentável na gestão de saneamento.
O lodo, que é um subproduto gerado durante o tratamento de água, passou a ser usado como matéria-prima em uma fábrica de cerâmica no município de Tanguá, região metropolitana do Rio de Janeiro. Até então, esse resíduo era enviado para aterros sanitários, conforme as normas vigentes. Agora, a parceria com a indústria cerâmica permite dar um novo destino a esse material. Desde que começou a operar em Rio das Ostras, em 2022, a concessionária já gerou aproximadamente 2,6 toneladas de lodo. De acordo com o coordenador de Operações, Lucas Rachid, o projeto traz benefícios ambientais ao evitar o acúmulo de resíduos em aterros. "Essa ação não só diminui a quantidade de resíduos enviados para os aterros, como também transforma o lodo em algo útil, promovendo a economia circular e reduzindo os impactos ambientais", afirma.
Na primeira fase do projeto, uma equipe de operações visitou a cerâmica parceira em Tanguá, que incorporará o lodo ao processo de fabricação de tijolos e telhas. Segundo o proprietário da fábrica, Rodolfo Nunes, o lodo é misturado com argila no processo de produção. "Utilizamos entre 10% e 20% do lodo fornecido pela concessionária em nossas misturas, o que contribui para a sustentabilidade da produção", explica Nunes. O projeto faz parte de um esforço mais amplo da concessionária para otimizar a gestão de resíduos. Nelson Carvalho, superintendente de Sustentabilidade, destacou a importância dessas iniciativas para a preservação ambiental. "Nosso foco é encontrar soluções que valorizem os resíduos gerados, integrando-os a uma cadeia produtiva sustentável", afirma Carvalho.
O Dia
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