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Foto do escritorSamantha Lêdo

Regime de Maduro prende aliados da líder da oposição María Corina Machado

Sete outros membros da equipe de Machado, incluindo seu braço direito Magalli Meda, também têm mandados de detenção; governo dos EUA condenou as prisões arbitrárias contra membros da "oposição democrática"

Líder da oposição venezuelana María Corina Machado fala com jornalistas, em Caracas - 20/03/2024 (Reuters/Leonardo Fernandez Viloria)



Caracas (Reuters) – O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, afirmou na quarta-feira (20) que duas pessoas próximas da candidata da oposição María Corina Machado tinham sido detidas, o que levou Machado a classificar de “completamente falsas” as acusações feitas à sua equipe.

As prisões devem complicar um cenário já confuso antes da eleição presidencial marcada para julho. Machado venceu a prévia pela indicação da oposição em outubro por larga margem, mas foi proibida de registrar sua candidatura.

Ela aparece nas pesquisas muito à frente do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que tenta ser reeleito para mais um mandato de seis anos.

Sete outros membros da equipe de Machado, incluindo seu braço direito Magalli Meda, também têm mandados de detenção.

O governo dos Estados Unidos disse que essa medida é um ataque à sociedade civil e inconsistente com um acordo de garantias eleitorais firmado no ano passado que levou os EUA a relaxarem algumas sanções.

“Condenamos as prisões arbitrárias e mandados expedidos para membros da oposição democrática da Venezuela”, disse o secretário assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, Brian Nichols, nas redes sociais. “Pedimos a libertação imediata desses indivíduos e de todos que foram detidos injustamente.”

Machado disse a jornalistas em Caracas que as prisões não a enfraqueceriam. “Se o regime acredita que, com estas ações, vai me isolar, que vai me enfraquecer, que fique bem claro – a nossa equipe é a Venezuela”, disse.

O governo norte-americano já alertou que deixará a flexibilização das sanções sobre o petróleo expirar em abril se o governo Maduro não permitir eleições livres e justas.


InfoMoney

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