Entre os doadores que estão na mira do Ministério Público estão o presidente da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, e o diretor da Cooperpam, Robson Flares Lopes Pontes.
Foto: André Bueno/Câmara Municipal de São Paulo
O presidente da Câmara de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), aliado do prefeito Ricardo Nunes; ele presidia o diretório do DEM na época em que o partido recebeu doações de sócios de empresas agora acusadas de envolvimento com o PCC.
Cinco alvos da Operação Fim da Linha, que investiga suspeitas de ligação entre duas empresas de ônibus de São Paulo e o Primeiro Comando da Capital (PCC), fizeram doações de campanha ao diretório municipal do antigo DEM, na época controlado pelo presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, e a um ex-vereador do PT nas eleições de 2020.
Entre os doadores que estão na mira do Ministério Público estão o presidente da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, e o diretor da Cooperpam, Robson Flares Lopes Pontes. Os dois foram presos preventivamente nesta terça-feira, 9. O Ministério Público acusa as duas companhias de conduzirem um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas na capital paulista. Outra empresa supostamente envolvida é a UPBus. As companhias sofreram intervenção da Prefeitura de São Paulo.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que Pandora doou R$ 75 mil para a campanha de reeleição, em 2020, do vereador Antonio Donato (PT), que hoje é deputado estadual em São Paulo. Quatro anos antes, o político já havia recebido uma doação de Jeová Santos da Silva, outro denunciado pelo MP, no valor de R$ 10 mil. Donato é um dos coordenadores de campanha do pré-candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL), que conta com o apoio do PT na disputa.
Outros investigados fizeram doações de campanha ao diretório municipal do Democratas, partido que se posteriormente se fundiu com o PSL, formando o União Brasil. Na época, o diretório era presidido por Milton Leite, atual presidente da Câmara de São Paulo e um dos principais aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Ele é quem assina os recibos de boa parte dos recursos que entraram no caixa do partido naquele ano.
Estadão
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