Iniciativa contabiliza R$ 3,9 bilhões para conservação da floresta amazônica
A Comissão Europeia anunciou nesta segunda-feira, 22, uma doação de € 20 milhões, aproximadamente R$ 120 milhões, para o Fundo Amazônia, instrumento gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Trata-se da primeira doação conjunta dos 27 países da União Europeia ao fundo, que já tem R$ 3,9 bilhões em caixa, a maior parte aportada por Noruega e Alemanha.
Os novos recursos, não reembolsáveis, foram anunciados pela comissária Europeia para Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, na presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na abertura do Fórum Brasil-União Europeia, que acontece hoje e amanhã no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. O evento acontece paralelamente às reuniões preparatórias do G20, que também acontece na capital fluminense.
Em breve discurso, Urpilainen disse que a primeira contribuição da Comissão Europeia ao Fundo Amazônia vai reforçar a proteção e desenvolvimento sustentável da floresta.
“Nosso compromisso respalda os esforços do governo brasileiro na Amazônia. Vai acelerar a luta contra o desmatamento e criar possibilidades de geração de renda para comunidades locais na floresta amazônica, melhorando as condições de vida de mulheres e jovens”, disse a comissária da UE.
Empréstimo de € 300 milhões
Para além da doação ao Fundo Amazônia, também foi assinado o contrato para um empréstimo de € 300 milhões do Banco Europeu de Investimentos (BEI) ao BNDES, já divulgado anteriormente. Esse montante servirá a empréstimos ligados a transição energética, economia verde e transformação digital.
Segundo Mercadante, esse empréstimo tem “condições muito favoráveis” e já conta com garantia soberana do Ministério da Fazenda, só restando em aberto a aprovação pelo Senado Federal.
Ao citar a estratégia de investimentos da Comissão Europeia Global Gate, Urpilainen citou mais de 130 projetos para América Latina e Caribe e mencionou a atratividade do Brasil para projetos de energias renováveis, hidrogênio verde, água, conectividade digital e telecomunicações. “Também estamos em conversas sobre matérias primas críticas”, afirmou.
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